O Fórum Baiano de Educação Infantil realizou na Escola Municipal do Loteamento Santa Júlia, nos dias 12 e 13 de novembro encontro com a comunidade escolar em prol da diversidade na Educação Infantil por meio da apresentação do Projeto Oyá e Outras Histórias de Reis e Rainhas e da oficina de Abayomis.
Representante do GG do FBEI, Rita de Cássia Branches (CMEI Castro Alves), apresentou Oyá e Outras Histórias de Reis e Rainhas – projeto pedagógico que foi colocado em prática no CMEI Castro Alves, de Salvador, em 2015, no grupo 3B e cujo objetivo era o desenvolvimento da linguagem oral da criança a partir do conhecimento e escuta de histórias de origem africana.
Rita de Cássia Branches (CMEI Castro Alves), que participou da ação devido convite de Rosângela Accioly (representante da Secretaria Municipal de Educação que ganhou o Prêmio arte na Escola Cidadã no corrente ano pela realização de projeto educacional com práticas que fomentam um modelo de Educação anti-racista), defende ainda que “fortalecer a auto estima e evidenciar o orgulho de pertencer a um grupo étnico-racial onde sua história e cultura seja valorizada e respeitada também foram objetivos do projeto.”
A boneca Abayomi, símbolo de resistência, tradição e de poder, foi confeccionada em oficina realizada na tarde do dia 13 de novembro pela arte educadora Luane Rodopiano e contou com a participação da comunidade escolar e local representada por professoras, auxiliares de classe, coordenadoras pedagógicas, mães e crianças.
A oficina de Abayomi foi organizada por Carla Pinheiro, representante do GG do FBEI e professora da escola, contou com as seguintes etapas: levantamento de conhecimento prévio sobre o tema, discussão sobre a simbologia histórica e cultural da Abayomi, oficina de confecção da boneca, ato simbólico de trocas de bonecas.
Também, houve a leitura pela educadora e formadora Débora Cruz da história “As mulheres de Abayomi”, de Adilson Freitas com reflexão sobre práticas educacionais de reconhecimento e respeito às diferenças (sobretudo de gênero e étnico racial) e de valorização da história e cultura do povo africano e afro-brasileiro como forma de celebração das memórias e ancestralidade e resistência a estigmas sociais.